sábado, 4 de janeiro de 2014

A cruz de ferro

Durante a Guerra Mundial, uma patrulha de soldados alemães foi cercada um dia por todo um exército russo. O desfecho da luta não podia oferecer dúvida... Os alemães refugiaram-se numa choça miserável. O oficial inimigo concitou-os à rendição; mas um fogo desesperado lhe respondeu. Os russos começaram então terrível canhoneio, que se prolongou ate que as armas alemães emudecessem... ate que a pequena tropa tivesse queimado a última bala. E então, forçaram eles a porta da choça, mas ficaram profundamente emocionados diante do espetáculo que se lhes antolhou. No meio dos soldados mortos, jazia o tenente Griesheim, seu comandante, todo coberto de sangue, mas respirando ainda... Já não era ele inimigo, porém camarada agonizante. O oficial russo curvou-se sobre ele e perguntou-lhe com compaixão: "o senhor bem sabia que éramos cem contra um. Por que então não se rendeu?" O tenente soergueu-se com esforço supremo, e mostrando a cruz de ferro presa ao peito, respondeu-lhe: "Entre nós, aquele que traz esta distinção não se rende".

Pois bem, meu filho, se tiveres combates difíceis que da cruz que o senhor te impôs sobre o coração no dia travar, na conquista do teu caráter, lembra-te também do teu batismo, e dize então bem alto:

"Que me importa o artifício enganoso do mal
Seu canto lisonjeiro e sua vil sedução?
Eu trago a cruz na fronte altiva de ideal
E o fogo dessa cruz, dentro em meu coração."
                                                            Eichert 

Fonte: “O Moço de Caráter”, de D. Tihamer Toth. Taubaté: Editora SCJ, 1952.

Um comentário: